Por:Editor Saletto
Engenharia
nov 2017
A inflação vem cedendo e os juros caindo, a perspectiva é de crescimento lento para o setor da construção civil em 2017. Mas o cenário ainda exige muita cautela e, principalmente, organização. Logo, com margens apertadas e financiamento ainda caro, é imprescindível que construtoras e incorporadoras invistam em planejamento.
As perspectivas apontam para um cenário de reaquecimento e de retomada do crescimento em todos os setores industriais, incluindo a construção civil. Assim, a tendência, conforme lembra Aldo Dórea Mattos, é de que haja mais obras em 2017.
Mais do que isso, a expectativa é de que a execução dessas obras seja mais rápida do que vem sendo atualmente.
De acordo com Mattos, essa tendência impõe ao engenheiro a necessidade de refazer os planejamentos de obras que estão paradas ou que estavam em ritmo lento. Além disso, novos empreendimentos serão planejados.
É preciso estar preparado para as novas oportunidades que certamente irão surgir nesse ano. Após dois anos de retração, muitas empresas estão endividadas e desestruturadas. Apenas quem estiver pronto, com custos controlados, é que vai conseguir aproveitar o surgimento de novos negócios.
Afinal, a rentabilidade de uma empresa depende também da sua capacidade de respeitar aquilo que foi orçado e planejado previamente. Mais do que nunca, “um bom engenheiro de planejamento é aquele que olha o passado para rever metas do futuro”, diz Mattos.
A base fundamental do bom planejamento, explica Mattos, é que o responsável pelo planejamento estratégico entenda a teoria do caminho crítico da obra. Assim, primeiro o profissional faz a estrutura analítica do projeto de forma coerente. Depois, dimensiona prazos e monta o cronograma. “É necessário conhecer de produtividade e programação de serviços”, diz.
Depois, ao realizar o acompanhamento dos serviços de campo, o planejador deve aferir as produtividades reais da empresa. Os dados que ele coletar vão servir para rever o planejamento ou impor metas mais arrojadas. “Ter um cronograma realista é fundamental. A receita para errar é acreditar que cronograma é mera formalidade”, alerta Mattos.
Para 2017, algumas novidades são tendência. É o caso, por exemplo, do amplo uso do BIM em todas as suas variações. Ou seja, BIM 4D (cronograma) e 5D (custos).
Além disso, a perspectiva é de uso de tablets e coletores de dados portáteis para apropriação de horas por serviço e produção de campo, uso cada vez maior de drones para avaliação remota de serviços, dentre outras novidades.
Os livros que indicamos para fazer um bom Planejamento em 2017: