Estima-se que o total de gastos em megaprojetos globais atualmente seja de US $ 6 a US $ 9 trilhões por ano, ou 8% do PIB global total. Isso representa o maior investimento na história. Evidências mostram que megaprojetos são empreendimentos muito arriscados. Os custos exagerados, os atrasos no prazo e o déficit de benefícios permaneceram elevados e consistentes durante o período de 70 anos para o qual existem dados comparáveis.
Podemos definir que existem quatro categorias que explicam o crescimento e o desenvolvimento de megaprojetos:
- Tecnologia – os engenheiros e tecnólogos conseguem criar projetos “mais longos, mais altos e mais rápidos”.
- Política – Os políticos tendem a construir projetos maciços para beneficiar a si mesmos e suas causas.
- Economia – A comunidade empresarial e os sindicatos beneficiam-se ganhando muito dinheiro e empregos em megaprojetos.
- Estética – designers e outros que apreciam o bom design são motivados na utilização de ícones e construção de megaprojetos impressionantes.
Nove em cada dez megaprojetos têm custos excedidos. O excedente até 50% em termos reais são comuns, e excessos de 50% não são incomuns.
Flyvbjerg Bent autor do artigo What You Should Know about Megaprojects and Why: An Overview (O que você deve saber sobre megaprojetos e por quê: uma visão geral) publicado no jornal Project Management caracteriza isso como a “Ferramenta de lei dos megaprojetos”: overbudget- orçamentos, ao longo do tempo, e eventualmente.
Este mau desempenho é atribuído às seguintes características que são negligenciadas: longos prazos e complexidade, falta de experiência em gestão e planejamento, múltiplos atores e partes interessadas com interesses conflitantes, freqüentes compromissos inflexíveis e bloqueados, incentivo ao comportamento de busca de renda, mudança nos níveis de Escopo e ambição, complexidade e eventos não planejados e contabilizados na orçamentação. Além da falta de informação sobre custos, cronogramas, benefícios e riscos.
Depois de considerar tudo isso, os megaprojetos nunca obtiveram mais demanda, e o tamanho e freqüência nunca foram maiores. Flyvbjerg chama isso de “paradoxo do megaprojeto”.
Flyvbjerg considera se o financiamento privado em megaprojetos pode ajudar a resolver algumas dessas questões. Ele observa que pode ser promissor que os investidores privados coloquem seus próprios fundos em risco e não possam automaticamente aceitar ao valor nominal das previsões de custos e receitas dos gerentes e gestores de projetos.
*Fonte: PPP Concil
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